terça-feira, 5 de maio de 2015

Web 2.0 e 3.0

Atualmente é muito comum a utilização das expressões “internet 2.0″, “internet 3.0″ e todas as suas variações, como: web 3.0; usuário 3.0; aluno 3.0; consumidor 3.0; site 3.0 e etc.
São expressões muito populares que estão presentes em diversas estratégias de marketing e campanhas publicitárias, porém, são claramente mal compreendidas pela maior parte dos usuários, trazendo muita confusão no seu entendimento.
Diferente do que a maioria do público entende, não se trata de nenhuma evolução na tecnologia aplicada na “grande rede”, nem uma atualização nas especificações técnicas, pois na verdade, muitos dos componentes tecnológicos que são atualmente utilizados foram desenvolvidos antes mesmo do surgimento da internet.
Mas se não tem muito a ver com tecnologia, o que exatamente é a internet 2.0 e 3.0? Qual a diferença entre elas?
As classificações 1.0, 2.0 e 3.0 estão diretamente relacionadas a maneira como a internet é utilizada, tanto pelas empresas, como pelos usuários. Ou seja, a diferença entre elas define mudanças acentuadas no comportamento do mercado e do público em relação a “grande rede”.
Para ficar mais claro, vamos detalhar as características de cada uma delas.

Internet 1.0
Período em que a internet ainda estava se popularizando, aproximadamente entre os anos de 1998 a 2003, quando o número de usuários ainda era inexpressivo.
Podemos definir a “internet 1.0″ com apenas uma expressão: baixa interatividade
Ou seja, empresas utilizavam a internet como uma televisão, apenas publicando conteúdos e informações de seu universo, ou notícias, sem se preocupar muito com a opinião do usuário, que por sua vez, se comportava como um espectador passivo, sem poder contar com canais adequados de interação.
Durante este período, era muito comum ver que sites de grandes empresas ainda apresentavam a mensagem “em construção”. As maiores interações disponíveis eram os e-mails, tendo como mais popular no Brasil a BOL , e o chat on-line MSN, porém ainda pouco utilizados e difundidos. Os sites de busca ainda utilizavam motores simplistas, que não ajudavam muito na navegação pela web, quando os mais populares eram o Geocities, Altavista, Cadê, Yahoo! e, aquele que se tornaria um gigante nesta área, o Google.

Internet 2.0
Com o crescente número de usuários utilizando a web, foi muito natural que suas necessidades influenciassem diretamente a maneira como as empresas utilizariam seus recursos e ferramentas. Essas mudanças nas estratégias e comportamento fizeram surgir uma nova realidade na internet, cuja principal característica é a alta interatividade, que foi classificada como “internet 2.0″.
Esse termo se popularizou à partir de 2004, marcando uma nova fase em que o internauta havia se conscientizado do poder de criação, interação e formação de opinião que a web lhe proporcionava, e com isso, não se comportaria mais como um espectador passivo diante de uma marca, empresa ou instituição. Pelo contrário, a “internet 2.0″ é marcada principalmente pela participação direta do internauta como um gerador de conteúdos, que popularizou ferramentas e serviços como os blogs, chats online, sites para publicação de vídeos, redes sociais e wikis. A partir deste fenômeno social surgiram expressões como: “Consumidor 2.0″, “Aluno 2.0″ dentre outras. (Veja o artigo: Perfil e comportamento do “aluno 3.0″)
Além disso, houve uma grande evolução nos mecanismos de busca, liderada pelo Google, que se tornaram mais inteligentes, aumentado a organização das informações, facilitando para o usuário compreender a “grande rede” e encontrar o que deseja.
Esta mudança no comportamento, nas necessidades e no nível de exigência do internauta motivou a criação de ferramentas como: Youtube, Orkut, Facebook, Flickr, Wikipédia, Picasa, Twitter e muitas outras que apresentam como principais características a participação direta do usuário e amplos canais de interação.

Internet 3.0
O movimento criado à partir da ampla interação nas mídias digitais  gerou em poucos anos uma quantidade absurda de informações sobre o próprio usuário/consumidor, que tratam-se de patrimônios valiosos do ponto de vista do marketing e das estratégias de negócios nos mais variados setores.
A “internet 3.0″ se caracteriza principalmente pela organização dessas informações sobre o próprio usuário/consumidor, especialmente para que as máquinas possam compreender melhor as tendências e otimizar as experiências deste usuário na web. Ou seja, os sistemas se mostram mais preparados para entender melhor o que o usuário deseja e para ajudá-lo com mais eficiência.
Por exemplo: Atualmente, se o usuário faz uma busca no Google procurando por “tabletes”, começará a ser exibido para ele, nos sites que frequenta, peças publicitárias para venda de tabletes. Ou seja, o sistema compreendeu que aquele usuário está interessado na compra de um tablete e utiliza esta informação para oferecer aos fornecedores de tabletes uma publicidade com alto índice de aproveitamento. Afinal, o seu anúncio será exibido para quem está provavelmente querendo comprar um tablete.
Além disso, atualmente todas as informações que são disponibilizadas nas redes sociais, como, preferências, locais onde trabalhou/estudou, livros que leu, filmes que assistiu, viagens que fez, rede de amigos, nível de reputação, dentre outros dados, são diretamente utilizadas nas estratégias publicitárias e na otimização das ferramentas utilizadas pelo usuário.
Trata-se de uma internet cada vez mais próxima de uma inteligência artificial, que conhece à fundo o seu público, e com isso, tem mais possibilidades de prever tendências e traçar estratégias de ação.
Outra característica que marca a internet 3.0 é o aumento no tempo de conexão por parte dos usuários, que subiu radicalmente a partir da popularização de plataformas móveis, como smartphones e tabletes. Ou seja, o consumidor está cada vez mais conectado à “grande rede”, desenvolvendo atividades diversas, nas muitas áreas da sua vida.

Conclusão
Para uma empresa ou instituição, mais importante do que compreender o conceito por trás da internet 1.0, 2.0 e 3.0, está a necessidade de se adequar rapidamente a essas tão aceleradas mudanças, e principalmente, a utilizar isso à seu favor. Por que, é importante compreender que foi o público o grande motivador de todas as mudanças na internet, à partir das suas necessidades, o que nos faz concluir que antes de surgir a concepção de internet 3.0, já existia o usuário 3.0.


Web 2.0 na Educação

         Tim O’ Reilly, conceitualiza, a Web 2.0 como sendo a 2ª geração de comunidades e serviços baseados na plataforma Internet. A Web 2.0 deixa de ter uma característica estática, e torna-se dinâmica, interativa, flexível para os conteúdos e publicações, podendo ser editada tanto por profissionais da área como pelos próprios usuários. Mas a principal característica da Web 2.0 é o aproveitamento da inteligência coletiva, baseada em uma rede de informações onde cada usuário passa a ser produtores de conteúdos. Um exemplo claro dessa característica é a Wikipedia, onde cada um tem a oportunidade de adicionar informações livremente.
       Colaboração é a palavra-chave da Web 2.0, é possível não apenas acessar o conteúdo, mas também transformá-lo, “reorganizando, classificando, compartilhando” e, principalmente, possibilitando a aprendizagem cooperativa, conceituada por Pierre Lévy, como Inteligência Coletiva. Com o uso da Web 2.0 na educação, o professor deixa de ser o detentor do saber e transmissor de conteúdos, passando a ser o facilitador, aquele que estimula nos alunos a cultura de produzir e debater idéias. Há várias ferramentas Web 2.0 que podem ser utilizada para ampliar a capacidade dos alunos, por exemplo, uso do Wiki, Blogs, podcast que estimula a possibilidade de troca de conhecimento, pesquisa, debate, escrita; onde o aluno passa a ser um agente pensante. E o professor por sua vez terá a oportunidade de verificar aspectos muitas vezes difíceis de serem identificados em sala de aula, como a capacidade de elaboração de texto pelo aluno.
            Um Wiki bem elaborado, pode ser utilizado como uma ferramenta de pesquisa para ingresso de alunos futuros na escola, tornando-se uma rede de comunicação.


            Fonte:



Principais características da web 2.0

Durante toda a história das comunicações, as tecnologias avançaram focadas na necessidade de um único emissor, ampliando cada vez mais o alcance e a audiência de receptores.
Rádio, TV, Carta, Telégrafo e Páginas Estáticas da Internet foram veículos de mão única, onde um único emissor produzia conteúdo para outros receptores.
A “quebra de  paradigma” e as características web 2.0 representam exatamente o oposto: são sites e páginas dinâmicas, produzidas por vários emissores e acessadas por vários receptores.
Orkut, YouTube, Twitter e outros são exemplos de aplicações montadas para levar as opiniões, vídeos e conteúdos de vários emissores a um único receptor ou mais.
A principal caracteristica web 2.0 é a possibilidade de interagir grupos e pessoas entre si. Tornar-se o centro das atenções pela relevância do seu conteúdo, e não pelo seu poder de emissão.
Os tradicionais veículos de comunicação estão perdendo espaço dia após dia para a web 2.0. As características web 2.0 é se envolver com o público. É opúblico interagindo com os seus semelhantes.
A velocidade com que estes tipos de sites e comunidades estão crescendo é impressionante.
Se tomarmos por base os Estados Unidos, verificamos que 55% dos entrevistados não assitem programas de TV na televisão. 70% das Crianças com menos de 11 anos não utilizam a televisão.
Por fim, estamos próximos da era da eficiência. A verdade nua e crua. Empresas que tratam mal os seus consumidores serão reveladas em Blog´s e páginas da Internet.

As características web 2.0 são:

– Transparência e verdade;
– Vários emissores, vários receptores;
– Possibilidade de interação entre os usuários do meio;
– Várias fontes de opinião = mais confiança.

Veja abaixo o universo 2.0 na Internet:



           Fonte:




O que é Web 2.0?

Quem usa a internet com freqüência percebeu significativas mudanças na maioria das páginas que visita. Há alguns anos, os sites estavam disponíveis como livros: as pessoas acessavam, liam e viam o que era de interesse e fechavam. No máximo, a comunicação com os desenvolvedores ou responsáveis pelo conteúdo era através de um e-mail. Atualmente, uma página que se limitar a isso está fadada ao esquecimento.
Hoje, para uma página ser minimamente enquadrada nesse “segundo capítulo” da história da internet, ela deve fornecer experiência de conteúdo para o usuário. Este conteúdo deve ser dinâmico e aberto à participação dele, no mínimo. Deve fugir de blocos de textos e proporcionar opções de alcance daquilo que o usuário deseja.

O nome da revolução


       Visualmente, as páginas também mudaram bastante. Elas estão com elementos gráficos muito mais desenvolvidos, tratados e agradáveis. Porém, essas mudanças não devem ser relacionadas diretamente com o conceito de Web 2.0. Essas melhorias gráficas foram aprimoramentos aplicados pelos desenvolvedores que coincidiram com a explosão do conteúdo dinâmico. Bom para os usuários, que, ao mesmo tempo, ganharam “voz” na internet com páginas muito mais agradáveis visualmente.
Um exemplo de como o visual não está diretamente ligado a este novo conceito é a Wikipédia, que possui uma estrutura visual básica, investindo pesado mesmo no conteúdo.
Obviamente que gráfico e dinamismo se encontram muitas vezes, e essa união é muito bem vista (literalmente) pelos usuários. Além das inovações puramente gráficas, páginas Web 2.0 também trouxeram alguns recursos deste tipo, como botões grandes e efeitos em degradê. Porém, se o internauta não souber o que fazer em um ambiente maravilhosamente desenvolvido graficamente, esqueça, ele não volta à página.
Em resumo, as páginas Web 2.0 aproveitaram os recursos gráficos, aprimoraram muitos deles e hoje os aproveitam em muitos casos, mas isso não implica uma relação direta entre eles.

Programas pela internet


Outro excelente recurso proporcionado por esta mudança de consciência foram os aplicativos web (Rich Internet Applications). São programas com funções de softwares tradicionais, porém o processamento necessário e os dados são baixados de um servidor. Isto elimina a necessidade de instalação e, em alguns casos, oferece mais segurança. Ou seja, a internet é utilizada como plataforma, e o aplicativo torna-se o serviço de muitas páginas.
Esses são, sucintamente, os conceitos de Web 2.0. Alguns criticam o termo, pois muitos elementos dos “primórdios” da internet (chamada de Web 1.0) ainda são extensamente utilizados. Seja qual for o nome, os internautas estão cada vez mais dentro deste mundo, disponíveis para todo mundo e com voz para todo mundo.

Fonte:



A história da web 2.0


Usado pela primeira vez em outubro de 2004 pela O'Reilly Media e pela Media Live International, o termo Web 2.0 popularizou-se rapidamente a partir de então. Tratou-se de uma constatação de que as empresas que conseguiram se mantiver por meio da crise da Internet possuíam características comuns entre si, o que criou uma série de conceitos agrupados que formam o que chamamos Web 2.0.




Tim O'Reilly definiu a web 2.0 como uma mudança para uma internet como plataforma, aproveitando a “inteligência coletiva”. Essas duas palavras já poderiam definir o que de fato é a web 2.0.
Deu início ao desenvolvimento de software que passariam a serem utilizados pela internet e vendidos não em pacotes, mas como serviços, pagos mensalmente como uma conta de água. 
Além disso, mudou-se a forma de fazer softwares. Para que tudo funcionasse bem na Internet, foi necessária a união de várias tecnologias (como AJAX) que tornassem a experiência do usuário mais rica, com interfaces rápidas e muito fáceis de usar.
Foi definido que quanto mais simples e modular a programação, melhor. Os módulos podem ser reutilizados em diversos softwares ou compartilhados para serem usados por programas de terceiros. Metodologias e conceitos como o Getting Real e Agile têm-se popularizado entre as empresas que desenvolvem aplicativos ditos "Web 2.0".

Segundo esses princípios, os softwares são desenvolvidos de modo que fiquem melhores quanto mais são usados, pois os usuários podem ajudar a torná-los melhores. Por exemplo, quando um usuário avalia uma notícia, ele ajuda o software, a saber, qual notícia é a melhor. Da mesma maneira, quando um usuário organiza uma informação por marcações, ele ajuda o software a entregar informações cada vez mais organizadas.


           Fonte: